A  Fonoaudiologia e Psicologia é essencial para o sucesso da retirada dos hábitos orais deletérios. Muitos das intervenções fonoaudiológicos são importantes para retirar os hábitos. Mas então, quando recorrer à intervenção psicológica?

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• Primeiramente, é importante entender que muitos fatores têm papel na determinação de mudanças de comportamento em saúde e da aceitação e adesão do indivíduo à reabilitação oral proposta tais como características de personalidade, preferências, estilo de vida, relação parental, psicodinâmica familiar, nível cognitivo, afetivo, cultural e motivacional bem como medos arcaicos, reforçados pelo imaginário popular, que incrementam o nível de ansiedade frente aos procedimentos  propostos pelos profissionais.

• Assim, a retirada de hábitos orais deletérios deve contemplar os aspectos emocionais, motivacionais, o momento apropriado para a sua supressão, a forma, gradativa ou não, as características familiares, a eleição de substitutos, os ganhos secundários, o nível de prazer e a dependência afetiva em relação aos mesmos, entre outros.

• A intervenção psicológica pode ser necessária quando os resultados alcançados mostrarem-se inconsistentes, ocorra a dramatização excessiva de sintomas ou quando algumas alterações estiverem relacionados ao estresse (estimulante para a atividade de chupar o polegar e/ou dedos), ansiedade ou depressão, , insegurança física e psicológica, quadro psicossomático, descarga emocional, forte associação com prazer (produção de neurotransmissores- endorfinas) ou desprazer (componentes autoagressivos), presença de mecanismos psicológicos compensatórios, ganhos secundários, componentes mecanismo contingências ambientais disfuncionais, necessidade de manejo do estresse familiar, dificuldade na escolha de estratégias de coping (de enfrentamento) adequadas para lidar com eventos do cotidiano da pessoa, entre outras.

• A mudança de hábitos persistentes pode requerer programa estruturado facilitado pelo psicólogo treinado em modificação de comportamento tais reversão de hábito, relaxamento progressivo, mudança de contingências ambientais, manejo da dimensão psicológica de pessoas com personalidades mais vulneráveis ao estresse.

•  De qualquer forma, a prudente combinação das várias terapêuticas orais com a intervenção psicológica para os hábitos deletérios persistentes, justifica-se também como medida preventiva uma vez que tais hábitos podem causar outras disfunções maiores.